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Sobre a segunda temporada de 13 Reasons Why

terça-feira, 29 de maio de 2018 Nenhum comentário


  Antes de tudo, acho importante citar que a série peca e muito na forma como retrata os temas, sendo que várias cenas podem funcionar como um gatilho. Visto isso, caso tenha algum problema com depressão ou algo do tipo, assista com alguém do lado e converse sobre o que vê, ou se preferir melhor nem começar.

Passando isso, ninguém pode negar que a série retrata com muita veracidade e faz pensar sobre assuntos tabus, nunca se falou tanto sobre suicídio, depressão, abuso sexual, bulliyng e o ambiente tóxico que uma escola pode se tornar, e mais do que tudo, o papel da família e da escola em perceber sinais de que adolescentes estão passando por problemas sérios e intervir antes que aconteça uma tragédia.

Nós adolescentes não contamos tudo aos pais, nós guardamos sentimentos, é normal, porém isso pode se tornar extremo. Hannah é um exemplo disso, ela nunca chegou a contar explicitamente pra ninguém o que estava acontecendo , e quando o fez usou uma forma não tão branda, e foi ignorado ou seu problema foi minimizado. É complicado. Tudo que envolva adolescentes é muito complexo de ser entendido, e por isso atenção as detalhes pode ser a saída.

Eu fico fascinada e ao mesmo tempo assustada como a trama retrata o ambiente da escolar, a necessidade de ter amigos, de ser aceito, de fazer perto de um grupo, e a escolha invisível entre ser o que faz o bullying ou receber esse bullying. Escolas deviam ser lugares menos ásperos.
Identificar esses focos de opressão na escolar e punir é uma das coisas a serem feitas por parte das escolas, e a família de uma vez por todas entender que de forma alguma a escola tem total monopólio na educação e cuidado dos seus filhos. Escola e família devem trabalhar juntos em apoio a juventude.

As cenas fortes do último episódio de 13 reasons why me chocaram demais e dentro do contexto da série revela que a morte não é a saída para resolver um problema como o de Hannah, ela se foi e deixou as fitas, e apesar deles terem aprendido algo com o episódio: nada mudou. Suicídio é a saída para uma causa particular, e para a resolução dos problemas que levam uma pessoa a essa extremidade é muito complexo para ser resolvido com apenas um ato.

Sobre Tartarugas até lá embaixo do John Green

quinta-feira, 10 de maio de 2018 Nenhum comentário


Quase duas da manhã e meus planos de dormir cedo fracassaram como sempre, então estou aqui fazendo este que será o primeiro post do blog, e é sobre o recente livro do John Green que li, devo dizer que entre todos esse com certeza é o que mais me faz ter pensamentos tão profundos.

 Apesar de simples, sem um espetacular enredo, Tartarugas até lá embaixo é um retrato da vida e de seus espirais que se alternam entre felicidade, tristeza, medo, surpresa, saudade, arrependimento,fazer o certo, fazer o errado etc. Aza tem TOC, ela é nossa protagonista que pode andar tranquilamente  em lugares sujos e fedidos, mas que pira quando beija o garoto que gosta pro conta das bactérias que tal contato pode lhe trazer. Ela tem uma amiga apaixonada por Star Wars, aliás o livro é cheio de referencias a cultura nerd, o nome dela é Daisy e eu sou apaixonada em como foi mostrada a amizade das duas.

Em certo momento do livro tive vontade de chorar, mas não o fiz, no momento pensei que não precisava tanto para tão pouco, e é aí que o livro me chama mais atenção, ele me pareceu tão honesto sobre a situação que eu vi acontecer e segui em frente, como no próprio livro cita: a vida continua.

Não importa em qual situação esteja, ruim ou boa, a vida continua, e ela é uma sucessão de acontecimentos que nos moldam sobre quem fomos e quem seremos. Pensar sobre isso me fez ter esperanças, não que eu esteja sem, mas esperança sempre é algo positivo pra se guardar. 

E pra terminar uma frase da Aza pra vocês; Temos o melhor e o pior de nossas vidas pela frente.


 
Desenvolvido por Michelly Melo.